segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Técnica de largada Individual

    A largada parte de um movimento onde o patinador tem que aplicar a maior força no momento do apoio no chão com os patins, passando por uma série de movimentos que permitirão que os passos sejam executados para fazer o empurre.
    Para as provas na patinação de velocidade são necessários dois tipos de saídas:uma à reação e outra individual , dependendo do tipo de prova.
    O desempenho na saída pode ser um fator primordial para o resultado do atleta na prova, sendo mais importante e decisiva a saída individual de frente, pois esta incide mais no resultado que as de reação. 
     Para as provas contra relógio de 200 e 300 metros se executa a saída individual de frente e para as provas de 500, 1.000 e provas longas em pelotão a saída é à reação.
     

     Nesta matéria falaremos da saída individual de frente.

     Nesta saída para as provas contra relógio, o patinador deverá ter um patins dentro de uma caixa formada pela linha de largada e uma linha desenhada a 60 centímetros

Para entender melhor, dividirei em cinco fases os movimentos deste tipo de largada:
1. Concentração
2. Estabilidade
3. Apoio na caixa de saída
4. Deslocamento do centro de gravidade
5. Passos e aceleração
 
1. Concentração

    Para a largada é importante a concentração, lembrar-se neste momento o que é necessário fazer, tanto para os 300, 500, 1.000, quanto para as provas longas. Todas as informações que neste momento de partida estejam sendo enviadas para o teu cérebro serão importantes.
    Às vezes temos patinadores que se preocupam pelo tipo de patins que tem... pelo outro patinador... ou pelo  nível que tem o adversário,
 mas essas informações só deixam o patinador fraco para assumir a prova.
    Assim, desde que o patinador entre na pista, o mesmo deve focar sua atenção e concentração nele mesmo, pensar no que já fez, em tudo o que ele treinou até esse momento... pensar que o treino é muito mais forte que a prova que correrá... pensar que já teve que fazer 10 repetições de 1.000 MT nos treinos para poder estar ali... pensar  sobre a preparação que ele teve e focalizar-se somente na linha de chegada.

2. Estabilidade

    Esta fase começa depois da fase de concentração, com um movimento de
 de cima para baixo, fazendo uma flexão extensão da articulação dos joelhos onde o centro de gravidade oscila para procurar a estabilidade do corpo.
   Os pés colocados são apoiados no chão da seguinte forma:
   O pé dominante do patinador ficará na frente com a primeira roda do patins para fora da base de sustentação ou para o externo da pista, quando o pé dominante é o direito, e para o interno da pista e fora da base de sustentação quando for o pé esquerdo for o dominante.
   O pé não dominante ficará atrás do pé dominante, os patins deverão ficar com as últimas rodas juntas, paralelas e retas.




3. Apoio na caixa de saída

   Aqui o peso do corpo deve deslocar-se para o patins que está na frente, liberando a perna de trás, deslocando esta para fora da caixa de saída, mas sem exagerar no deslocamento, para facilitar o deslocamento do centro de gravidade para a fase seguinte.
   O centro de gravidade se mantém baixo. Mãos em posição diferentes ao do pé, mão direita em posição contrária ao pé esquerdo e vice-versa, apontada para a frente.
   O joelho da perna que está atrás esticada e joelho da perna de apoio na caixa de saída se mantém flexionados.


4. Deslocamento do centro de gravidade

   O centro de gravidade se desloca da perna que está na frente para a perna que está fora da caixa de saída, passando de uma flexão à uma extensão do joelho da perna que está na frente, e de uma extensão à uma flexão  do joelho que está fora da caixa de saída. A flexão e extensão se faz pelo movimento circular do centro de gravidade, de abaixo para cima, até passar e descarregar o peso do corpo de novo na perna que está na frente.             Aqui o patinador deve empurrar forte com o pé que está fora da caixa de saída, e esta força será a que permitirá o deslocamento do centro de gravidade de novo para a perna da frente, e a perna de atrás se libera para começar um movimento frontal.


5. As primeiras passadas

   Para as primeiras passadas é importante que o corpo e o centro de gravidade estejam acima e ligeiramente adiantados para favorecer a força nas passadas, onde aplico 
 todo o peso do corpo nelas(nas passadas).



    Depois dos primeiros passos (em média 6 a 8 passos), é necessário ir a procura de uma passada com os empurres laterais, igual a técnica de reta (se o percurso for na reta). Já em pista, aplicar depois dos 7 passos a técnica de curva com movimentos rápidos e freqüentes.
   Os primeiros passos deverão ser fortes e potentes para garantir a velocidade que o patinador terá no percurso.

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